Na busca pelo tricampeonato, a Equipe Direction vence a primeira etapa do Campeonato Pernambucano, depois de 18h horas em uma prova cheia de desafios na região de Gravatá.
Nos dias 18 e 19 de julho a Direction participou da I Corrida de Aventura Desafio Cia de Atletas, realizada em Gravatá. A prova, a primeira do Campeonato de Aventura do Nordeste e com pontuação para o Circuito Nacional de Aventura (CNA), teve um percurso de 130 km e uma duração média de 24h. Incluiu trechos de natação, trekking, remo, Montain bike, Bike run e rapel, com direito às grandes dificuldades à noite na Serra das Russas e rapel de 47 metros na madrugada, na Ponte Ferroviária Cascavel.
A competição contou com mais de 60 atletas profissionais da Paraíba, Alagoas e de Pernambuco. Confira o relato do capitão da equipe, Jairo Marques:
"Quando soube que a prova seria realizada em Gravatá comentei com os outros integrantes: não existe prova fácil em Gravatá. 130 km em um relevo de serra. Esta prova vai ser duríssima!
Desde a largada sabia que a prova seria muito disputada, principalmente pelas três melhores equipes de Pernambuco da atualidade; a Direction, Terra de Santa Cruz e Caboclos de Lança.
A prova começou com um Bike and Run de pouco mais de 20 km. Depois uma natação de 700 m seguidos de um Mountain Bike de 12 km até o local da largada, passando por 5 PCs. As três equipes chegaram juntas em todos esses PCs, mostrando que eu estava correto na minha previsão.
Já caia a noite quando partimos de bike para a cidade de Pombos descendo a Serra das Russas. Antes passamos por dois PCs virtuais. No caminho tivemos dois pneus durados e uma corrente quebrada. Pensei: vai ser difícil brigar pelo primeiro lugar. Mesmo assim mantivemos o ritmo o mais forte possível até uma parada estratégica no Rei das Coxinhas no alto da serra na BR-232. Perdemos 10 minutos mas nos alimentamos bem e ficamos fortes. Íamos precisar desta força para o final.
Ao chegarmos em Pombos estávamos em segundo, mas a equipe Terra de Santa Cruz já tinha 40 minutos de vantagem. Era hora de fazer mais força. Continuaríamos de bike até o povoado de Russinha passando por um PC virtual, uma Associação, onde deveríamos anotar o ano de fundação em algarismo romanos. No caminho erramos duas vezes. Perdemos mais de 30 minutos.
Quando encontramos a casa da Associação, que estava um pouco afastada da trilha, pensei. É aqui! Mas ao me aproximar fui recepcionado por nada menos que uns 6 cachorros. Não pode ser aqui, o organizador não colocaria o PC aqui. Vamos mais a frente. Fui e voltei a esta casa umas duas vezes e sempre recepcionado pelos cachorros, até que na última vez tive coragem e encarei as feras. Que feras que nada, foi só bater a perna e apontar o farol em cima deles que todos se mandaram. Era realmente o local do PC. Parei peguei a caneta e comecei a anotar o número enorme. De repente vejo o Renato da equipe Terra de Santa Cruz ao meu lado. Pensei, agora a briga vai ser até o final.
Chegamos no povoado de Russinha empatados e deixamos as bikes no caminhão ao mesmo tempo para iniciarmos o trecho final de trekking até a largada. Antes deveríamos ir até a Ponte Cascavel, uma antiga ponte de uma ferrovia desativada, fazer um Rapel de 80 m negativos.
Terra de Santa Cruz chegou e saiu do rapel 5 minutos na nossa frente, mas os alcançamos na BR-232 meia hora depois. Na BR no caminho da chegada a prova se definiu. Forçamos o máximo que pudemos nos 10 km finais e conseguimos abrir uma distância suficiente para vencer. Aí foi só soltar o grito de desabafo e comemorar. Missão cumprida!"